A unidade de biocombustíveis representa a maior fatia deste investimento: 400 milhões de euros para produzir 270 mil toneladas por ano, num consórcio formado entre a Galp e a japonesa Mitsui (75%-25%, respetivamente).

O projeto vai produzir “diesel renovável (hydrotreated vegetable oil – HVO) e combustível sustentável para a aviação (Sustainable Aviation Fuel – SAF) a partir de resíduos usados, permitindo uma redução das emissões de gases com efeito estufa em cerca de 800 mil toneladas anuais (Scope 3, CO2e), comparativamente às alternativas fósseis disponíveis”, anunciou a empresa em comunicado em setembro.

Em relação à unidade de produção de hidrogénio verde, a companhia prevê investir 250 milhões de euros. O projeto terá uma capacidade de 100 megawatts de eletrólise para produzir até 15 mil toneladas de hidrogénio verde por ano.

“A integração deste projeto de larga escala nas operações da refinaria de Sines permitirá a substituição de cerca de 20% do consumo atual de hidrogénio cinzento e poderá representar uma redução das emissões de gases com efeito estufa de aproximadamente 110 mil toneladas por ano (Scope 1 e 2, CO2e)”, detalhou a companhia.

“Os eletrolisadores serão alimentados a eletricidade renovável, através de acordos de fornecimento de longo prazo, alavancados também pela capacidade de geração renovável da Galp. Recorrendo a água industrial reciclada, estima-se que o consumo de água desta unidade represente menos de 3% do consumo médio anual da refinaria”, avançou a Galp.

A Galp prevê criar 128 postos de trabalho diretos para operar estas unidades, com mais de mil trabalhadores para a fase de construção.