Em 1960, começou por dar largas à sua paixão pelos livros e pelas tertúlias. Tinha 35 anos e ansiava por um espaço onde, em pleno salazarismo, se pudesse conversar, debater ideias, ver obras de arte, folhear livros e ouvir música. Quatro anos volvidos, a 3 de fevereiro de 1964, numa pequena sala anexa à livraria, fundou a Galeria 111. As portas estavam abertas ao público, obviamente, mas, acima de tudo, a jovens artistas portugueses, para lhes dar a oportunidade de exporem pela primeira vez.