Skip to main content

Ferragamo, Uffizi e uma viagem pelo “Novo Renascimento”

A nova campanha publicitária da Ferragamo está repleta de obras-primas. A parceria da casa italiana com a Galeria dos Uffizi, em Florença, é uma viagem inesperada por icónicas pinturas renascentistas.

“New Renaissance”, assim se chama o devaneio criativo da nova campanha promocional da coleção outono/inverno 2023 da marca italiana Ferragamo, que tem como pano de fundo obras de arte renascentistas dos séculos XV e XVI.

O diretor criativo Maximilian Davis e o fotógrafo Tyler Mitchell não hesitaram em apreender o potencial da parceria com a icónica Galeria dos Uffizi, localizada em Florença, Itália, que é também um dos primeiros museus modernos do mundo, aberto ao público em 1865 – apesar de ter sido oficialmente inaugurado em 1765.

Os Uffizi guardam tesouros de alguns dos mais aclamados mestres da arte italiana, como Da Vinci, Gentileschi e Michelangelo, mas não só. Aqui também se guardam peças mais antigas, que remontam até à cultura greco-romana, assim como um núcleo apreciável de salas dedicadas exclusivamente à escola de pintura toscana, veneziana e flamenga.

 

 

Mas falemos deste “Novo Renascimento” proposto pela Ferragamo, numa viagem que revisita obras emblemáticas como o “Retrato de Alessandro de Medici”, de Giorgio Vasari e os retratos de Federico da Montefeltro e Battista Sforza pintados por Piero della Francesca. Destaque ainda para a “Anunciação” de Alesso Baldovinetti, a “A Anunciação de San Martino alla Scala” e “Jovem com uma Medalha de Cosimo, o Velho” de Botticelli, bem como para a “Alegoria Sagrada” de Giovanni Bellini, uma “Anunciação” de Paolo Veronese e “José conduzido à prisão” de Francesco Granacci.

A Ferragamo está ligada à cidade de Florença desde que o fundador Salvatore Ferragamo regressou a Itália, depois do enorme sucesso que obteve nos Estados Unidos como designer das estrelas de Hollywood da época, e que lhe valeu o epíteto de “sapateiro das estrelas”. Criador e marca instalaram-se em Florença em 1927, daí nascendo a relação que inspirou o diretor artístico da casa Ferragamo, Maximilian Davis. “Neste momento de recomeço na Casa, fazia todo o sentido reivindicar o berço do Renascimento como o nosso lar espiritual e aproveitar o profundo espírito artístico desta cidade para mostrar a nova coleção”, refere Davis num comunicado oficial da marca.

Ao colocar a coleção de moda entre importantes obras de arte dos séculos XV e XVI, Davis teceu um diálogo entre a elegância histórica e o estilo contemporâneo, numa parceria com os Uffizi que combina estética e compromisso. No primeiro caso, valorizando as suas criações, no segundo, mantendo a sua filosofia de apoio a diversos projetos de restauro do património florentino. Refira-se aquele que está diretamente ligado à Galeria dos Uffizi – projeto que terminou em 2015, com o restauro de oito salas.