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Êxitos de bilheteira puxam pelas receitas da NOS

Fenómenos como "Barbie" levaram a uma subida de 28,7% nos bilhetes vendidos face a 2022.

“Hi, Barbie”, pode dizer a NOS. Os sucessos de bilheteira da sétima arte, como o filme sobre a boneca mais famosa do mundo, levaram à subida das receitas da operadora de telecomunicações em 2023, um ano em que os lucros caíram 19,4% para 181 milhões de euros.

Os cinemas da marca tiveram um aumento significativo do número de espectadores e as vendas de bilheteira voltaram a aproximar-se dos níveis pré-pandemia (2019). Só num ano, vendeu mais de oito milhões de bilhetes de cinema (+29%) e, apesar de um quarto trimestre mais “anémico” - sem sucessos que criassem filas de camisolas cor-de-rosa nos centros comerciais - houve uma subida de 28,7% nos bilhetes vendidos face a 2022.

As receitas de exploração de audiovisuais e exibição cinematográfica subiram de 89 milhões para 99 milhões de euros. No acumulado, as receitas do negócio de Cinema e Audiovisuais da NOS aumentaram 11% para 99,4 milhões de euros em 2023, sendo que as receitas das telecomunicações e as totais do grupo subiram apenas 4,3% e 5%, respetivamente.

Excluindo o efeito das mais-valias associadas à alienação de infraestrutura (torres), o resultado líquido da operadora de telecomunicações teria crescido 30,7% comparativamente aos 138,5 milhões de euros homólogos.

O segmento das telecomunicações faturou 1,533 mil milhões de euros, devido ao aumento do número de serviços (mais 232 mil para cerca de 11 milhões) e ao número de clientes convergentes (mais 4,4%), de acordo com o relatório e contas enviado esta terça-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Quanto ao CAPEX, reduziu 108 milhões de euros devido a conclusão dos investimentos no 5G. A NOS já investiu 420 milhões de euros no 5G e tem mencionado que prevê aumentar em 110 milhões de euros o investimento nesta tecnologia.

Para o CEO da NOS, estes resultados “são a confirmação das opções estratégicas arrojadas que fizemos para acelerar o investimento na liderança tecnológica, na experiência do cliente e na transformação digital”. “Com os anos mais intensos de investimento em 5G já ultrapassados, estamos numa trajetória sólida de free cash flow que, aliada à solidez do nosso balanço, apoia a manutenção de retornos atrativos para os acionistas”, referiu Miguel Almeida, na mensagem publicada com o relatório e contas consolidado.

O conselho de administração aprovou uma proposta a levar à próxima Assembleia Geral de acionistas de um pagamento de dividendo ordinário de 35 cêntimos por ação, representando uma dividend yield de 10,6% e mais 25,9% do que no ano anterior.