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Europa quase escapa a perdas em véspera de reunião do BCE

A bolsa de Lisboa escorregou 0,06% mas, entre as mais importantes praças europeias, o sentimento foi maioritariamente positivo. Jerónimo Martins e Navigator divulgaram resultados após o fecho da sessão, pelo que a reação dos investidores só hoje será conhecida.

A bolsa de Lisboa contrariou o sentimento que se viveu entre as mais importantes praças europeias, ao terminar a sessão desta quarta-feira a perder 0,06%, até aos 6.051,85 pontos. Apesar do bom dia nas cotadas do sector da eletricidade, o PSI não escapou às negociações em terreno negativo.

Entre as maiores perdas, a Corticeira Amorim resvalou 1,53% e atingiu a marca dos 9,00 euros por título. A Ibersol caiu 1,49% e terminou nos 6,60 euros, ao passo que a Jerónimo Martins derrapou 1,04% e ficou em 19,97 euros. Por outro lado, as elétricas destacaram-se pela positiva, na medida em que a EDP Renováveis liderou os ganhos, ao dar um salto de 1,73%, para 14,67 euros, ao passo que a Greenvolt somou 1,34% e as suas ações valem agora 6,065 euros.

De recordar que, após o término da sessão, a Jerónimo Martins apresentou contas à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), dando a conhecer um aumento de 33% nos lucros até setembro, para 558 milhões de euros. Também a Navigator divulgou resultados, mas a variação registada foi a inversa, já que os lucros tombaram 26%, até aos 201 milhões no mesmo período.

A praça lisboeta contrariou os principais índices europeus, já que só o italiano registou perdas, na ordem de 0,49%. Todos os outros encerraram a sessão em terreno positivo, com o Reino Unido a avançar 0,34%, ao passo que França encaixou 0,31%. O Euro Stoxx 50 subiu 0,15%, ao passo que a Alemanha somou 0,11%, seguida de perto por Espanha, a ganhar 0,10%.

O sector imobiliário liderou as perdas, depois de a Country Garden, uma das maiores construtoras da China, fazer saber que não conseguiu pagar todos os empréstimos que contraiu, faltando a uma obrigação a que estava sujeita. O anuncio fez tremer a segunda maior economia do mundo, que já antes fazia transparecer sérias dificuldades ao nível da construção.

De referir que esta quinta-feira o sentimento vivido pelos investidores deve ser ditado por aquilo que sair da reunião do Banco Central Europeu (BCE). Em causa está possibilidade de aquele organismo colocar um travão à subida dos juros, mantendo-os em 4,50%, como tem sido antecipado pelos mercados. A alternativa seria voltar a efetuar uma subida de 25 pontos base (p.b.), até aos 4,75%. A partir das 13h15, a presidente do BCE, Christine Lagarde, vai dar a conhecer a decisão, em conferência de imprensa.