Se a terça-feira da semana passada foi um dia excelente para Donald Trump, foi exatamente o contrário para Joe Biden. Se é que ainda tinha alguma dúvida, o atual presidente e candidato democrata às presidenciais ficou a saber que Trump será o republicano que o vai defrontar e que o diferencial entre ambos nas sondagens iria disparar. E foi precisamente isso que aconteceu.
Dependendo do autor ou autores dos estudos de opinião, Donald Trump surge com intenções de voto que variam entre os 36% e 55% - mas, se o intervalo é enorme, todos convergem num ponto: o ex-presidente está sempre à frente do seu concorrente. Na sondagem que confere a Trump 36% de intenções de voto, Joe Biden surge com 33% - e naquela em que o republicano consegue um máximo de 55%, o atual presidente não vai além dos 45%.
Com pouco tempo para tentar inverter um processo de derrota que se torna cada vez mais evidente, os democratas norte-americanos parecem não ter sido capazes de engendrar um plano de combate a Trump que não fosse… enviar Biden para a estrada. Aos 81 anos e padecendo de debilidades físicas e psíquicas que já há quatro anos faziam parte dos temas (e do anedotário) da campanha de então, a decisão parece em tudo inapropriada. Mas foi tomada: Joe Biden está esta semana no Wisconsin – onde as primárias serão apenas no próximo mês – aparentemente na tentativa de se tornar o mais popular possível aos olhos dos norte-americanos. É uma espécie de corrida de trás para a frente que, segundo a maioria dos analistas, tem tudo para não correr bem.