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Escrever o tempo

O cronógrafo tem 200 anos. E para comemorar essa data, a sua criação em 1821, a Montblanc faz uma edição especial do Nicolas Rieussec, homenagem ao inventor do cronógrafo.

O cronógrafo tem 200 anos. E para comemorar essa data, a sua criação em 1821, a Montblanc faz uma edição especial do Nicolas Rieussec, homenagem ao inventor do cronógrafo. Esta é uma complicação relojoeira que é tida em elevada consideração pela Montblanc, marca conhecida também como fabricante de instrumentos de escrita de luxo. Afinal Chronos signifca “tempo” e Graphein significa “escrever”. O dispositivo para “escrever o tempo”, ou seja o primeiro cronógrafo, foi uma verdadeira alquimia do seu inventor, Nicolas Rieussec, em 1821. Nascido em Paris, em 1781, Nicolas abriu uma oficina de relojoaria na Íle de la Cité, quando tinha apenas 20 anos. Foi nomeado relojoeiro da corte real em 1817. Cinco anos mais tarde, numa corrida de cavalos, no já então conhecido Champ de Mars, em Paris, deu a conhecer uma caixa de madeira, contendo um movimento de relógio, que apresentava dois discos em esmalte, posicionados sobre esse movimento e calibrados com escalas para os segundos e para os minutos. Sobre estes discos, estava fixado um ponteiro com tinta na ponta. Enquanto os discos giravam, o cronometrista de uma corrida, podia pressionar um botão, no momento em que um cavalo cortava a linha da meta, fazendo com que os ponteiros tocassem os discos e deixassem marcas de tinta sobre eles. Os tempos de corrida individuais dos cavalos e as diferenças de tempo entre eles eram assim literalmente escritas sobre os discos e, pela primeira vez desde sempre, o cronometrista podia apresentar, de forma credível, os tempos de todos os participantes na corrida. Esta foi a primeira vez, na história da relojoaria, que foi possível medir, de forma precisa curtos e rápidos intervalos de tempo. No entanto, Rieussec não se limitou a acrescentar uma nova complicação à arte relojoeira – ele também a baptizou. Inspirado pela ideia de “Escrever o Tempo”, acabou por baptizar a sua invenção de “Cronógrafo”.

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