Desde que surgiu que a Covid-19 tem-se multiplicado por diferentes estirpes, sendo a mais recente a EG5 ou Erís, como é conhecida nas redes sociais. Esta nova estirpe é de rápido crescimento e já representa mais de 50% dos casos de covid-19 em Portugal, segundo o presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública , Gustavo Tato Borges
"EG.5 ou como é conhecida nas redes sociais Erís, esta estirpe, neste momento, está considerada como uma variante de interesse, portanto, uma variante a observar com particular atenção devido ao rápido crescimento que ela tem tido nos casos conhecidos em vários países do mundo", sublinhou Gustavo Tato Borges.
A nova estirpe já chegou aos "EUA, o Japão, China, França, Espanha Portugal onde tem aumentado de uma forma bastante significativa a proporção de casos pelos quais é responsável"
"Na semana antes da jornada mundial da juventude a EG5 em conjunto com a sua variante mãe já eram responsáveis por 54% dos casos conhecidos de Covid-19, o que mostra que ela tem claramente uma mutação que lhe permite ser mais eficaz ainda", referiu o especialista.
Segundo Gustavo Tato Borges "a estirpe já esta em Portugal e tem mostrado a sua importância nos casos conhecidos".
"No entanto, aquilo que nós sabemos, apesar de ter uma capacidade grande de disseminar entre a população, em termos de casos graves e mortalidade, ela parece manter o mesmo padrão que temos conhecido da família Omicron, o que significa que neste momento não há dados nenhuns que nos deixem mais preocupados ou mais alarmados com esta variante".
O presidente da associação de médicos acrescentou ainda que esta nova estirpe, a ser dominante no inverno, "poderá ser uma novidade para as vacinas de covid que vão ser administradas".
A 9 de agosto a OMS advertiu que estirpe EG.5 pode aumentar infeções e tornar-se dominante. Em comunicado, a OMS explica que esta linhagem, resultante da sublinhagem recombinante XBB.1.9.2 da variante Ómicron e apresenta "características que escapam aos anticorpos".
Vacinação arranca em meados de setembro
A campanha de vacinação para o próximo Outono-Inverno arranca na segunda quinzena de setembro e inclui a vacina contra a Covid-19 e a vacina contra a gripe, que podem ser dadas em simultâneo, como aconteceu na generalidade dos casos em 2022, ou em separado.
A novidade deste ano é a estreia da vacina contra a Covid-19 nas farmácias, que vão partilhar a campanha com os centros de saúde. De fora ficam os militares e os centros de vacinação excecionalmente criados durante a pandemia.
A vacinação está aberta a todos os portugueses com mais de 60 anos e grupos de risco. As vacinas são gratuitas e quem as quiser tomar nas farmácias poderá agendá-las diretamente.
Com esta decisão, que contempla dois milhões de pessoas, o Governo quer aliviar a pressão nos centros de saúde. "Queremos proteger o mais possível as pessoas no próximo inverno, aumentando em praticamente 30% a abrangência desta vacina gratuita", explicou Margarida Tavares, secretária de Estado da Promoção da Saúde, à agência de notícias Lusa. A governante disse não ter ainda os números finais da operação, dado que o processo está em marcha, mas estima o custo final em 20 a 25 milhões de euros, apenas com as vacinas, sem contar com os custos de logística.
No Inverno de 2022, segundo o Ministério da Saúde, Portugal voltou a ultrapassar a meta de 75% da cobertura vacinal contra a gripe sazonal proposta pela Organização Mundial da Saúde.