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Em dia de Orçamento, Lecornu tem pela frente duas moções de censura. Ou três

O primeiro-ministro que sucedeu a si próprio vai esta terça-feira apresentar um Orçamento que pode não ser mais pura perda de tempo: Sébastien Lecornu vai enfrentar uma moção de censura da extrema-direita, outra da extrema-esquerda e ainda uma terceira se as exigências dos socialistas não forem atendidas.

Mal se soube que o presidente Emmanuel Macron convidara Sébastien Lecornu, primeiro-ministro demissionário, para suceder a si próprio – o que levou vários analistas a identificarem a decisão como uma desnecessária piada de mau gosto – a extrema-direita do Rassemblement National (RN) e a extrema-esquerda da França Insubmissa (FI) fizeram o que lhes competia para assegurarem um mínimo de coerência política, avançando com a promessa de uma moção de censura. São por isso duas moções que o novo governo irá enfrentar – número que poderá subir para três, se na proposta de Orçamento do Estado que o primeiro-ministro ‘recauchutado’ vai apresentar no final do conselho de ministros desta terça-feira, não constar a suspensão da reforma da segurança social. É que, se o novo gabinete insistir em aumentar a idade da reforma, os socialistas – que durante uma semana acenaram freneticamente a Macron para que fossem convidados a formar governo – já deixaram saber que também apresentarão a sua própria moção de censura.

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