As regiões da Baviera e de Hesse têm eleições regionais marcadas para o próximo dia 8 de outubro, naquele que será um teste para o primeiro-ministro Olaf Scholz – que atravessa um momento difícil do ponto de vista interno, principalmente no que tem a ver com a frente económica.
Olaf Scholz nunca chegou a contar com aquilo a que se costuma chamar de ‘período de graça’, mas ninguém estava à espera que uma guerra no coração da Europa viesse ‘intrometer-se’ entre os social-democratas alemães e os seus agentes económicos. Logo aos primeiros tiros – e tal como o ex-presidente norte-americano Donald Trump tinha de algum modo antecipado – ficou claro que a Alemanha seria o país europeu onde o impacto da guerra seria mais negativo.
Para isso apontava a dependência alemã das energias fósseis russas – e o facto de a Alemanha ter demorado muitas semanas a ‘desligar as torneiras’ (aliás, nunca o fez: foi o lado russo que as fechou) fazia temer o pior.
De então para cá, e ao contrário do que diz a ‘literatura’ apensa ao facto de a economia alemã ser considerada o ‘motor da Europa’, o país entrou em regime de estagnação. Olaf Scholz ainda não encontrou forma de reverter os maus indicadores que se apossaram das estatísticas alemãs, quer sejam a taxa de desemprego, a confiança dos empresários e dos consumidores ou os níveis de inflação.