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Economia - “Overdose” de horas de trabalho tem efeito nocivo para Portugal

Horários de trabalho prolongados não fazem apenas mal à saúde. São também prejudiciais para a economia, pois inibem a inovação e a melhoria da gestão nas empresas. O economista José Tavares, da Universidade Nova, põe o dedo na ferida: “Estamos viciados em horas extraordinárias. Se as horas extraordinárias fossem uma droga leve, Portugal estaria em ‘overdose’ há décadas.”

Depois de um mês de agosto em que a Microsoft do Japão permitiu que os funcionários gozassem fins de semana de três dias sem reduções salariais, os resultados da experiência, conhecidos esta semana, foram surpreendentes. Embora a constatação de que a esmagadora maioria dos funcionários gostaram da experiência fosse expectável, outras evidências não seriam tão previsíveis: a produtividade dos funcionários aumentou 40% naquele período e a performance da empresa melhorou. As reuniões tornaram-se mais eficientes, os funcionários tiraram menos folgas, a utilização de eletricidade caiu de forma impressiva, tal como os gastos de consumíveis: os funcionários imprimiram 59% menos páginas de papel.

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