A aprovação das diretivas europeias dos Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD) e relativa ao dever de diligência das empresas em matéria de sustentabilidade (CSDDD) vem aprofundar, e enquadrar, as questões relacionadas com as políticas ambientais, sociais e de governança [ESG, na sigla em inglês]. Visam mais as grandes empresas, mas também se repercutem nas cadeias de valor e estão a chegar às pequenas e média empresas e até às microempresas, que terão de se adaptar às exigências que decorrem da regulamentação, até para terem acesso ao mercado e a financiamento.
Em entrevista ao Jornal Económico, o presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP) e vice-presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, Luís Miguel Ribeiro, considera que há ainda um longo caminho a percorrer e que é urgente o estabelecimento de programas de capacitação nestes temas.
As empresas portuguesas já estão sensibilizadas para a importância e a necessidade da corporate governance? Como tem sido a evolução?
Os temas genéricos da sustentabilidade – incluindo o alinhamento com Objetivos de Desenvolvimento Sustentável [ODS, estabelecidos pelas Nações Unidas], os relatórios de sustentabilidade, a economia circular, entre outros – são do conhecimento da maioria das empresas, mas não fazem parte da agenda atual da maioria das empresas de menor dimensão.