Ex-Comissário Europeu, ex-ministro da Defesa, ex-diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações, António Vitorino considera que está chegado o momento de a União Europeia gerir o destino da sua própria segurança. Mas reconhece que, para isso, tem de ser bem mais ativa em termos da construção de uma diplomacia que sirva esse propósito. Uma conversa onde lembrou os traços de continuidade entre Joe Biden e Donald Trump e onde couberam todas as perguntas menos uma: se vai candidatar-se à presidência da República portuguesa.
“É claro que nos EUA tem havido, desde há vários anos, uma deriva protecionista”
Muito mais crítico de Trump II que de Trump I, o ex-ministro não se esquece de que a prestação de Joe Biden também não constituiu um exemplo extraordinário de multilateralismo. Quanto à NATO, está à espera de uma mais que necessária clarificação sobre a aliança, que tem obrigatoriamente de sair da cimeira de Haia. Talvez a partir daí a Europa trate de ter uma política diplomática – para suporte da defesa comum.
