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Dia D no Novo Banco, mas Governo prepara plano B

Candidatos poderão entregar hoje as ofertas vinculativas. Mas o plano alternativo, de venda em mercado, continua em cima da mesa. CTG e Anbang vistos como potenciais interessados.

O processo de venda do Novo Banco conhece hoje um importante desenvolvimento, com o fim do prazo para a entrega de propostas vinculativas por parte das quatro entidades que manifestaram interesse na compra direta da instituição. Mas o Governo e o Banco de Portugal (BdP) já estão a postos para a possibilidade de, se as propostas não forem satisfatórias, recorrer a um plano B que passaria pela entrada de um novo acionista através de um aumento de capital, ficando o Fundo de Resolução com uma participação.
Nos bastidores governamentais, fala-se mesmo no potencial interesse de investidores como a China Three Gorges (maior acionista da EDP) ou o grupo Anbang, que já participou na primeira tentativa de venda do Novo Banco e, sabe o Jornal Económico, chegou a pedir informações no âmbito do atual processo de alienação. Recorde-se que o primeiro-ministro António Costa esteve recentemente na China, onde se desdobrou em contatos com grupos do Império do Meio.
O Banco de Portugal já recebeu, além disso, uma manifestação de interesse por parte do grupo China Minsheng Financial Holding (CMFH), que está disposto a entrar neste processo alternativo.
Mas ao que o Jornal Económico apurou, esta solução alternativa só será possível mediante um acordo entre o Estado português e a Direção Geral de Concorrência da União Europeia (DG-Comp).
O Governo teria de negociar com Bruxelas a manutenção do Fundo de Resolução como acionista do Novo Banco, para além do prazo limite de Agosto de 2017, ainda que seja como investidor minoritário.
Neste âmbito, existindo ‘OK’ de Bruxelas, o Novo Banco deixaria de ser uma instituição de transição, convertendo-se num ‘player’ normal.
“O Novo Banco poderá mesmo vir a operar normalmente no mercado com uma participação do Fundo de Resolução, poupando-se o BdP da tarefa de gerir bancos”, disse uma das fontes ouvidas pelo Jornal Económico.

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