Entrámos num momento de definição relativamente ao futuro. A sociedade acelerou significativamente numa série de frentes estruturais durante a pandemia, e que deverão ganhar contornos de consolidação em 2022. A pairar como uma nuvem cinzenta permanecem uma série de dúvidas. À cabeça está certamente a preocupação com as mutações do vírus: afinal quando é que é que acaba, quando podemos retomar com segurança as nossas vidas? E de seguida, em que condições e a que custo retomaremos uma certa nova normalidade? Para já, o cidadão parece ainda adormecido relativamente às condições com as quais vamos viver de hoje em diante, e que poderão afetar uma parte relevante das nossas vidas, não apenas no que diz respeito ao trabalho remoto ou à digitalização. Em tempos de balanço de final de ano, existem, por isso, uma série de desafios que julgo que faz sentido abordar como exercício de reflexão para um futuro que está mais próximo do que se está a debater em Portugal.