O custo da mão de obra observou uma subida de 7,5% no mês de dezembro, quando comparado com o período homólogo do ano anterior, de acordo com os dados revelados pelo Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN), divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Por sua vez, os preços dos materiais apresentaram uma variação negativa de -2,2% (-1,7% no mês anterior). Já os custos da construção nova registaram um aumento homólogo de 1,8% em dezembro, um valor inferior em 0,6 pontos percentuais face ao verificado no mês anterior.
O custo da mão de obra contribuiu com 3,1 p.p. (3,4 p.p. no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do ICCHN e os materiais com -1,3 p.p. (-1,0 p.p. em novembro)
Entre os materiais que mais influenciaram negativamente a variação agregada do preço estão os materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização com uma descida de cerca de 20%, o aço para betão e perfilados pesados e ligeiros e a chapa de aço macio e galvanizada com uma redução de cerca de 15% e o consumo de produtos energéticos, com uma diminuição de cerca de 10%.
Por outro lado, destacaram-se o betão pronto e artigos sanitários com crescimentos homólogos de cerca de 10% e o cimento, as tintas, primários, subcapas e vernizes com cerca de 5%.
Em termos de variação em cadeia, a taxa de variação mensal do ICCHN foi de -0,6% em dezembro, 1,7 p.p. inferior à do mês anterior. Já o custo dos materiais desceu 0,8% e o da mão de obra 0,4%.
As componentes materiais e mão de obra contribuíram com -0,5 p.p. e -0,1 p.p., respetivamente, para a formação da taxa de variação mensal do ICCHN (0,1 p.p. e 1,0 p.p. em novembro, respetivamente).
A variação média anual do ICCHN foi 3,9% em 2023 (variação média de 12,2% no ano anterior). Os índices de materiais e de mão de obra registaram aumentos médios anuais de 0,9% e 8,1%, respetivamente (16,7% e 6,3% em 2022, respetivamente).