Asociedade de advogados Cuatrecasas assessorou o Banca March numa operação que consiste na aquisição ao Novobanco da sua posição na empresa portuguesa Lineas-Concessões de Transportes pelo banco de investimento espanhol e pela Serena Industrial Partners.
“O Banca March prepara-se para lançar o March Lusitana, uma proposta de coinvestimento que vai abrir aos seus clientes através de um veículo de capital de risco”, refere o banco num comunicado, explicando que em causa está a aquisição da participação de 40% detida pelo banco liderado por Mark Bourke na entidade que controla 50,5% da Lusoponte, empresa que explora as portagens nas duas principais pontes de Lisboa e 80,8% da concessão da Douro Interior. Uma operação que, adianta, contou com aconselhamento jurídico e fiscal da equipa da Cuatrecasas Portugal. Os restantes 60% continuarão nas mãos da Mota-Engil.
“O Banca March vai convidar os seus clientes a investir em infraestruturas emblemáticas, entre as mais significativas da Europa, que têm um historial de mais de 20 anos e oferecem um potencial de crescimento ainda maior ligado ao previsível alargamento das concessões, ao impulso no turismo e aos novos empreendimentos imobiliários e de infraestruturas previstos em Portugal”, afirma.
O banco de investimento aposta no coinvestimento, convidando os seus clientes a participar como parceiros nos mesmos veículos de investimento ou projetos em que o grupo participa. “O Banca March continua à procura de oportunidades para transformar os seus clientes em parceiros de projetos de coinvestimento aos quais não teriam acesso individualmente”, afirma Ignacio Montero.
O diretor da Unidad de Coinversión do Banca March refere ainda que a “parceria com a Serena Industrial Partners está alinhada com a filosofia de coinvestimento do Banca March, segundo a qual estabelecemos parcerias com um gestor de referência altamente especializado em cada projeto, neste caso na área das infraestruturas”.
A operação de aquisição do controlo conjunto sobre a Lineas pela Mota-Engil e pela Serena já tinha surgido em fevereiro num aviso da Autoridade da Concorrência.