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Cotrim Figueiredo: “Ventura não hesitará em criar mais uma crise”

A entrevista aconteceu em cima da demissão de Rui Rocha da liderança da IL, o que levou a conversa também para aí e para a subida do Chega. Mas os assuntos principais estão todos relacionados com a crise existencial da União Europeia e a pressão tarifária de Donald Trump. Também se fala de Gaza.

Há uma semana, perguntei ao eurodeputado Sebastião Bugalho se a UE atravessa uma crise existencial. Atravessa?
Diria antes que a UE está num momento crítico em que está obrigada a fazer reformas profundas, quer para inverter o declínio económico relativo, quer para assegurar a sua autonomia estratégica nos temas da Segurança e Defesa e, também, no tema da Energia, quer, finalmente, para se preparar para os alargamentos que terão de ocorrer num futuro não muito longínquo, por motivos geopolíticos e por razões de princípio e de valores. Todas estas reformas exigem coragem e têm carácter de urgência. Ora, os dirigentes europeus não têm dado provas nem de uma coisa, nem de outra. É aí que tendo a concordar que o projeto europeu corre risco existencial, no sentido mais literal: se a Europa não se reformar com coragem e com urgência, corre o risco de deixar de existir enquanto espaço de integração política, económica e cultural.

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