Os mercados europeus registaram recuos nas sessões bolsistas desta terça-feira, 5 de setembro. Em causa está a insegurança causada pelos dados da atividade nos serviços na zona euro, que confirma a contração do sector em agosto, de forma mais acentuada que estava previsto. De resto, o mesmo sector abrandou na China, fazendo acentuar a desconfiança dos mercados.
A somar ao sentimento negativo que resulta dos números do Eurostat, Rússia e Arábia Saudita avançaram com um novo corte ao nível da produção de petróleo, de um milhão de barris por dia nos próximos três meses, até final do ano. Trata-se de um corte na oferta e o objetivo passa por fazer subir os preços, com os efeitos a serem imediatos.
Perto da hora de fecho da sessão na Europa, o preço do barril de brent já subia cerca de 2%, para um custo acima dos 90 dólares. Em reflexo desta situação, o sector energético ganhou terreno nos índices internacionais.
Tudo somado, gerou-se insegurança nos investidores, a respeito da economia, particularmente no bloco da moeda única. Nesse sentido, observaram-se recuos nos mais variados sectores dos mercados europeus, exceção feita ao segmento da energia. As energéticas, na sua generalidade, registaram um dia positivo em bolsa, animadas pela subida dos preços, ainda que tal não se tenha notado tanto entre as cotadas portuguesas.
O índice da bolsa de Lisboa tombou 0,56%. A Jerónimo Martins caiu 4,26%, seguida pelas cotadas da energia. EDP Renováveis, Greenvolt e EDP derraparam mais 1%. Em sentido contrário, a Mota-Engil adiantou-se 2,36%, ao mesmo tempo que a petrolífera Galp ganhou 2,30%.
Entre os mercados europeus o sentimento foi negativo, ainda que de forma menos acentuada do que na praça lisboeta. As bolsas alemã e francesa contraíram ambas 0,34%, ao passo que Espanha resvalou 0,26%. O índice agregado Euro stoxx 50 perdeu 0,23% e o Reino Unido recuou 0,17%. A bolsa de Milão foi a única que escapou a perdas ao subir 0,02%.