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Consumo de droga em Portugal: Evolução "preocupante" e a merecer "atenção redobrada"

Presidente do Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências (ICAD) afirma que "a situação atual do consumo de drogas em Lisboa e no Porto, embora preocupante, não é diretamente comparável ao cenário vivido no Casal Ventoso nos anos 1990". No entanto, "apresentam semelhanças relevantes que justificam uma atenção redobrada por parte das entidades públicas e da sociedade civil", avisa. João Goulão, que aguarda que seja escolhido o seu sucessor no instituto, defende que "as respostas mais eficazes nem sempre coincidem com as mais intuitivas". Afirma, nesse sentido, que "remover o consumo da vista pública não elimina o fenómeno, apenas o desloca, tornando-o mais invisível, mais perigoso e menos controlável".

É uma realidade para a qual os presidentes eleitos nas eleições de 12 de outubro terão de olhar: o consumo de droga nos grandes centros urbanos, como Lisboa e Porto, tem vindo a aumentar. A evolução, diz ao Jornal Económico o presidente do Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências (ICAD), é "preocupante" e exige que o papel "absolutamente estratégico" das autarquias seja reforçado. "Não apenas enquanto entidades de proximidade, mas como atores-chave na coordenação das políticas públicas locais, na mobilização de recursos e na articulação com a rede social do território", explica João Goulão. No que toca ao trabalho do instituto, o responsável fala de "desafios significativos" relacionados com financiamento e a capacidade de recrutamento de profissionais, e considera um "imperativo assegurar um modelo de financiamento estável, transparente e adequado à missão do instituto e das entidades parceiras".

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