O conflito na República Centro Africana (RCA) dura há mais de cinco anos e parece não ter fim à vista. Chamam-lhe “a guerra esquecida”, porque fora das fronteiras que delimitam o território, são poucos os que acompanham as tensões entre diferentes grupos armados, que deixaram o país à beira de uma guerra civil e uma das piores crises humanitárias da atualidade. Sob a égide das Nações Unidas e da União Europeia (UE), Portugal integra duas missões de contenção dos confrontos na RCA, mas no terreno as ações de apaziguamento têm sido incipientes. As organizações de ajuda humanitária queixam-se de não conseguirem operar no país por causa dos ataques constantes e defendem que o único caminho para a paz é o reforço das tropas na região, o que – sublinham – não é do interesse estratégico de ninguém.