Sam Balaji, líder global de consultoria da Deloitte, não tem duvidas: os negócios estão permanentemente em mudança porque a competição também evolui, as preferências dos clientes mudam e os trabalhadores (desde os millennials aos nativos digitais) também se alteram. “A diferença é a velocidade a que estas mudanças acontecem. A tecnologia está sempre a ser desenvolvida e, portanto, os modelos de negócio têm de adaptar à transformação digital que vai acontecendo. Se pensarmos nas grandes tendências do momento, como a Inteligência Artificial, Cloud, 5G, todas estas tecnologias vão mudar a maneira como os vários tipos de negócio operam e vão criar novos modelos num futuro próximo”, diz o especialista ao Jornal Económico. Em relação à oferta, as companhias devem pensar em que são os clientes (e preocupar-se em estabelecer uma relação mais eficiente e personalizada) e o que esperam oferecer aos acionistas. Já em relação aos governos, o líder global de consultoria considera que “existe uma oportunidade enorme”. “Se pensarmos no número de pessoas a que um governo chega, estamos a falar de cidadãos do próprio país e estrangeiros. Penso que há um grande impacto que eles podem ter, especialmente com a componente das redes sociais e o que eu chamaria de ativismo numa série de matérias. A informação está na ponta dos dedos das pessoas, temos os chamados “nativos digitais” em todo o lado, e estes estão a mudar a maneira como pensam, a forma como as decisões são tomadas, a velocidade e a agilidade. Portanto, há um lado positivo em abraçar toda esta transformação, com o objetivo de nos tornamos melhores”, esclarece Sam Balaji.