Até pode ser que o presidente russo, Vladimir Putin, consiga uma presença digital na 15ª cimeira dos BRICS – que decorrerá de 22 a 24 de agosto próximos na África do Sul – mas a sua ausência física atesta “sem qualquer dúvida a atual fragilidade do líder Russo”. Para o analista Francisco Seixas da Costa, este é o ponto central e ineludível da cimeira, como afirmou em declarações ao JE: “a questão dos cereais não correu bem a Putin” e as metástases da decisão de Moscovo – que não acompanhou a ONU, a Turquia e a Ucrânia na vontade de manter o Acordo dos Cereais (ou Acordo do Mar Negro) no ativo – estão a fazer-se sentir. É que, para além de todas as geoestratégias, por mais complexas que sejam, “as pessoas em África precisam de comer” e o presidente russo, definitivamente, “não saiu bem desta história”.
Cimeira dos BRICS: Putin perde capacidade de influência internacional
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A 15º cimeira da organização vai debater o alargamento e o comércio internacional. Nas entrelinhas está a dificuldade crescente do presidente russo se posicionar internacionalmente.
