Nem nos seus piores pesadelos o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, podia imaginar que o final do seu mandato seria tão devastador de uma estratégia que a ele próprio se deve quase exclusivamente, por um motivo em absoluto exógeno: um bicharoco qualquer vindo da China. Com a meta das eleições presidenciais já à vista (a 3 de novembro) e sem que, ainda a meio de fevereiro passado, alguém o pudesse antecipar, a pandemia de Covid-19 atirou por terra uma estratégia laboriosamente levada a cabo contra toda a evidência e quase todos os próprios apoiantes.