Não tinha acontecido há cinco anos, mas desta vez a cerca sanitária dos partidos europeus do centro – e os do centro direita e do centro esquerda – mantiveram-se juntos e conseguiram eleger a conservadora (PPE) alemã Ursula Von der Leyen para um segundo mandato como presidente da Comissão Europeia. Novamente ao contrário do que sucedeu há cinco anos, Von der Leyen foi desta vez eleita por uma margem muito confortável de 117 votos – a diferença entre os 401 votos a favor e os 284 votos contra. Há cinco anos, a diferença havia sido de apenas nove votos – o que demonstra duas evidências: as reticências que o hemiciclo mantinha em 2019 em relação à ex-ministra germânica de Defesa (entre outras partas) e a vontade de o atual elenco parlamentar cerrar fileiras face ao crescimento dos partidos de extrema-direita que agora se sentam na assembleia dos 27. Em termos de votação, e tal como sucede várias vezes, à extrema-direita juntou-se a extrema-esquerda, que também não esteve disponível para votar em Ursula Von der Leyen.