Há uns cinco ou seis anos, António Montenegro achou que estava na altura. Depois de muito tempo em dedicação exclusiva ao setor dos vinhos – nomeadamente na Sogevinus, durante 11 anos –, decidiu que estava na altura de parar e de tomar outro rumo: o dos vinhos. Trocou o Douro pelo Dão – uma região que, depois de estar numa espécie de pousio durante umas décadas, passou a última a insuflar uma vida nova – e a condição de empregado pela de responsável de um projeto familiar, que o pai e os sete irmãos aceitaram como se há muito estivessem à espera que alguém se decidisse por fazer regressar a Casa de São Matias ao que ela já foi: uma produtora de vinhos do Dão, o mais possível exclusivos, o mais possível distinguíveis no meio de uma produção que começa a ser um caso sério de sucesso aquém e além fronteiras.