A empresa de fabrico de bicicletas Órbita vai ver executada uma penalização contratual no valor de 4,6 milhões de euros por parte da EMEL - Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa devido a “sucessivos incumprimentos contratuais” por parte da empresa, apurou o Jornal Económico. O contrato em causa remonta a novembro de 2016 para a aquisição, implementação e operação do sistema de Bicicletas Públicas Partilhadas de Lisboa, ou rede GIRA. De acordo com a empresa pública, a rescisão de contrato partiu da EMEL e vem na “sequência dos sucessivos incumprimentos contratuais por parte da Órbita”, sendo que o primeiro ocorreu em dezembro de 2017, três meses após o fim da fase piloto. Nesta situação, das 43 estações contratadas, apenas 34 se encontravam em funcionamento e, das 409 bicicletas que deveriam estar operacionais, o sistema dispunha apenas de 296. Em julho de 2018, após diversas falhas da Órbita, a EMEL aplicou penalizações contratuais no valor de 650 mil euros, que acabou por não executar de forma a não inviabilizar o funcionamento do sistema. Em dezembro de 2018, a EMEL voltou a aplicar penalidades no valor de dois milhões de euros. No final do primeiro trimestre deste ano, somavam-se mais 2,6 milhões de euros, que também ainda não foram executadas. O valor total das penalizações contratuais ascende a 5,25 milhões de euros. No entanto, em declarações ao Jornal Económico, fonte da EMEL esclarece “pela lei da contratação pública, só se pode penalizar, no máximo, 20% do total do contrato”. Ou seja, dos 5,25 milhões de euros, a EMEL só pode aplicar penalizações contratuais no valor máximo de 4,6 milhões de euros. Ainda que estas multas apenas tenham sido dado como aplicadas, a EMEL garantiu ao Jornal Económico que estas vão ser executadas, apesar de não avançar com nenhuma data concreta para essa decisão.
Câmara de Lisboa vai multar Órbita em 4,6 milhões
Emel alega “sucessivos incumprimentos contratuais”.
