As bolsas europeias registaram esta terça-feira uma sessão positiva, a mostrar ganhos estáveis, em benefício de sinais que chegam dos EUA de que a inflação deverá estar a abrandar. Esta quarta-feira, o destaque vai para o PIB da zona euro.
A bolsa de Lisboa seguiu o sentimento das principais praças europeias, ao registar um sentimento positivo, com o índice PSI a subir 0,45%, até aos 6.585 pontos. Destacou-se o grupo EDP, que liderou o sentimento.
As ações da EDP Renováveis valorizaram 1,43%, até aos 14,21 euros, ao mesmo tempo que a EDP se adiantou 1,25% e alcançou os 3,727 euros nas negociações. Seguiu-se o BCP, ao subir 1,01%, para 0,3816 euros, ao passo que a Sonae ganhou 0,88%, e encerrou nos 0,919 euros.
A Corticeira Amorim registou a descida mais acentuada, na ordem de 1,34%, que deixou os títulos a serem negociados nos 8,81 euros.
Entre as congéneres europeias o sentimento foi similar, com subidas generalizadas e todas elas inferiores a 1%. O principal índice de Espanha deu um salto de 0,73%, enquanto a Alemanha avançou 0,54% e o índice agregado Euro Stoxx 50 subiu 0,49%. Seguiram-se acréscimos de 0,35% em França, 0,31% no Reino Unido e 0,25% em Itália.
Os ganhos foram potenciados pelo recuo dos preços na produção registados na economia norte-americana. Isto porque se deu uma subida de 2,2% em julho (abaixo dos 2,3% que estavam projetados e dos 2,6% observados em junho). Posto isto, há sinais de que os preços estão a recuar nos Estados Unidos, mas esta quarta-feira também será um dia importante para avaliar esse sentimento.
Esta quarta-feira é dia de dados macroeconómicos de peso, a começar pelo PIB da zona euro e da UE no segundo trimestre. Os dados serão divulgados às 10 horas pelo Eurostat e permitirão perceber se a economia continua a acelerar, depois do avanço de 0,3% registado no primeiro trimestre, face ao trimestre precedente.
Algumas horas mais tarde, vai ser conhecida a inflação na economia norte-americana em julho.
Estas são contas de enorme relevo para os mercados procurarem antecipar qual será a política de taxas de juro do BCE e da Fed nos próximos tempos, numa altura em que a generalidade dos analistas aponta para cortes de ambas as instituições até final do ano.