As bolsas caíram por toda a Europa na sessão de terça-feira, com a indústria automóvel a registar perdas acentuadas, em particular no caso da BMW, que reportou problemas. Por cá, o índice PSI recuou 1,01%, até aos 6.706 pontos.
No que diz respeito às negociações em terreno negativo, sobressaiu a Mota-Engil, ao perder 2,88% até aos 2,43 euros por ação, ao passo que a Galp contraiu 2,28%, para 16,93 euros e o BCP recuou 2,23%, ficando-se pelos 0,399 euros.
Por outro lado, a Corticeira Amorim registou a subida mais acentuada, com larga diferença para as restantes cotadas, já que valorizou 2,70% e atingiu os 9,14 euros por título.
Entre as praças europeias, foi notório o sentimento negativo, em particular no que diz respeito ao sector automóvel. A alemã BMW desvalorizou mais de 11%, no mesmo dia em que chamou às suas oficinas 1,5 milhões de veículos, devido a problemas reportados ao nível dos travões.
A decisão penalizou o sector industrial da Alemanha, a maior economia da UE, numa altura em que o mesmo tem mostrado debilidades. Outras cotadas que operam na indústria também refletiram o sentimento negativo, em particular a Mercedes-Benz, ao cair quase 5%, enquanto a Volkswagen perdeu 3,38% e a Stellantis escorregou 2,73%.
Olhando aos principais índices europeus, Itália tombou 1,12%, seguida por quedas de 0,89% na Alemanha, 0,79% no Reino Unido e 0,70% no índice agregado Euro Stoxx 50. Mais atrás, Espanha derrapou 0,61% e França recuou 0,24%.
Esta quarta-feira, em termos macroeconómicos, o destaque vai para a divulgação dos dados da inflação nos EUA em agosto, que deverá impactar na medição do sentimento económico por parte da Fed e, por consequência, na decisão referente à política monetária. De recordar que a próxima reunião daquela instituição terá lugar na quarta-feira da próxima semana, com o anúncio de um eventual corte nos juros, a ser divulgado por Jerome Powell, presidente da Fed, ao início da tarde (hora de Lisboa).
De referir ainda que o BCE tem a reunião referente à política monetária de setembro agendada para esta quinta-feira, quando Christine Lagarde, que preside ao BCE, divulgará uma eventual nova redução dos juros.
