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Bolsas escorregam perante dados da inflação e na expetativa pelos juros

A inflação nos EUA foi de 3,7% em agosto, face ao mesmo mês do ano passado. Um dado que terá pesado no sentimento negativo que se observou nas bolsas europeias no fecho da sessão de quarta-feira.

As bolsas europeias encerraram a sessão desta quarta-feira com um sentimento negativo, pautado pelo decréscimo do Produto Interno Bruto (PIB) no Reino Unido, em julho, a que se juntou a confirmação de que a inflação acelerou nos EUA no mês seguinte.

https://jornaleconomico.pt/noticias/eua-inflacao-volta-a-subir-em-agosto-para-37/

Sobe agora a expetativa dos mercados para conhecer a decisão do Banco Central Europeu (BCE) relativamente às taxas de juro diretoras, na qual deverá pesar a subida dos custos para os consumidores, assim como os dados que apontam cada vez mais para a recessão, em várias economias.

Por cá, a bolsa de Lisboa recuou 0,33% na sessão desta quarta-feira, para 6.133,34 pontos. A Mota-Engil foi a cotada que mais derrapou, na ordem de 2,01%, seguida pelos títulos dos CTT, que resvalaram 1,03%.

Em sentido contrário, a Greenvolt foi a grande vencedora do dia, na medida em que valorizou 1,53%, até aos 5,99 euros por ação.

Entre os principais mercados europeus, os sinais foram idênticos, com o índice agregado Euro Stoxx 50 a definir a queda mais acentuada, em 0,46%, ao passo que França recuou 0,42%. Seguiram-se Alemanha, com uma queda de 0,39%, assim como Itália, a recuar 0,36%, ao passo que Espanha resvalou 0,33%.

De resto, o principal índice de Londres contraiu apenas 0,07%, apesar de os números divulgados pelo escritório de estatísticas do Reino Unido indicarem um decréscimo homólogo de 0,5% do PIB em julho, o que indicia uma situação da economia britânica.

No mesmo dia, mas do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, a Reserva Federal (Fed) divulgou os dados sobre a subida homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC), que acelerou no mês de agosto mais do que o esperado, para 3,7% (3,2% no mês anterior).

Esta quinta-feira, o BCE vai reunir, de forma a decidir a política monetária para outubro. Na calha está a possibilidade de aquela instituição aumentar as taxas de juro em 25 pontos base (p.b.), o que as deixaria em 4,50%, numa altura em que o travão às subidas neste capítulo parece estar próximo.