Após um início de ano positivo, o sentimento rapidamente inverteu nos principais mercados acionistas. A contribuir para esta reviravolta têm estado um conjunto de fatores. Em primeiro lugar, e este é o de maior relevância, está a possibilidade de a Fed subir as taxas de juro em breve. Contudo, não é só nos EUA que aparenta estar iminente uma subida de taxas. No Reino Unido, que já subiu, e no Canadá já se sinalizou a possibilidade de uma subida nas próximas reuniões, após a inflação de ambos os países ter atingido máximos de 30 anos em dezembro (ver texto abaixo). Os mercados têm atribuído cada vez maior probabilidade de tal acontecer, levando os investidores a aproveitarem para “recolher” lucros antecipadamente, alterando o foco para ativos mais seguros. A perspetiva de subida de taxas também está a ter impacto no mercado obrigacionista, com os rendimentos das obrigações soberanas a registarem fortes subidas. Os rendimentos do Bund alemão com maturidade a 10 anos cotaram esta semana em território positivo pela primeira vez desde 2019. Além disto, a época de apresentação de resultados relativa ao quarto trimestre de 2021 (e consequentemente da totalidade do ano) têm sido mistos.