O início do segundo trimestre foi marcado por uma correção na generalidade das bolsas que, com o desenrolar da earning season, tentam agora corrigir em alta. Depois da divulgação dos resultados da banca norte-americana, o foco volta-se agora para as tecnológicas dos EUA.
O principal destaque da semana foi a Tesla, que divulgou os seus resultados do primeiro trimestre deste ano, nos quais indicou que as suas receitas trimestrais caíram pela primeira vez desde 2020, enquanto o lucro líquido alcançou os 1,13 mM (mil milhões de dólares $), face aos 2,51 mM$ registados no período homólogo. No entanto, em conferência de imprensa, o CEO Elon Musk, anunciou que a empresa pretende introduzir “novos modelos” mais acessíveis, até ao início de 2025, utilizando as suas atuais plataformas e linhas de produção. Apesar dos resultados desapontantes, após esta novidade as ações da Tesla valorizaram cerca de 10% na sessão em questão. No sector dos pagamentos, a Visa apresentou os resultados referentes ao seu segundo trimestre fiscal (que terminou a 31 de março), anunciando um lucro ajustado por ação de 2,51$, acima dos 2,44$ previstos, e receitas líquidas de 8,8 mM$, acima dos 8,62 mM$ esperados. As ações da Visa subiram perto de 1% na sessão da divulgação.
Na Europa, a Heineken esteve em foco, com vendas a aumentarem 4,7% em volume no primeiro trimestre, superando o crescimento de 2,5% esperado. As receitas líquidas aumentaram 9,4% para 6,85 mM€, acima do crescimento de 7,2% estimado. A farmacêutica suíça Roche afirmou que as suas vendas trimestrais caíram para os 14,4 mM de francos suíços, em linha com o esperado pelo mercado, no primeiro trimestre. De acordo com a empresa, os resultados foram penalizados pela apreciação da moeda suíça nas receitas fora do país. Na sessão de apresentação dos resultados, as ações da Heineken subiram quase 2% enquanto as da Roche caíram mais de 3%.
Em Portugal, o PSI apresentou recentemente uma valorização significativa, que levou o índice português a renovar máximos de janeiro do ano corrente. Este salto foi justificado quase integralmente pela Galp, depois de ter anunciado a descoberta de um poço de petróleo na Namíbia, que se estima que possa levar à produção de 10 mM de barris de petróleo, ou mais, no local. Na sessão de divulgação da notícia, as ações da Galp valorizaram mais de 20%, tornando-se a empresa cotada mais valiosa do mercado português.