A bolsa de Lisboa viu o grupo EDP ser protagonista das quedas mais acentuadas na sessão de sexta-feira, de tal modo que empurrou as negociações para terreno negativo, a contrariar o dia que se viveu nas mais importantes congéneres europeias.
O índice PSI recuou 0,30%, até aos 6.275,73 pontos, e os títulos da EDP caíram 3,54%,, até aos 4,057 euros. Em simultâneo, a EDP Renováveis resvalou 2,89% e ficou-se nos 14,95 euros. A perda de confiança dos consumidores está ligada aos dados divulgados à CMVM na última quinta-feira, após o fecho dos mercados, que indicam um decréscimo de 8% na produção de energia em 2023.
De resto, o foco esteve também no sector da banca, já que o BCP desvalorizou 1,51%, para 0,2667 euros.
Em sentido contrário, dia 'verde' nas ações da Galp. No dia em que a petrolífera encontrou mais um poço de petróleo na Namíbia, observou-se uma subida de 2,56%, até aos 14,44 euros. A queda do preço nas negociações do crude poderá ter contribuído para amenizar as sensações positivas, já que houve um recuo de quase 1%, para cerca de 76,60 dólares por barril. Ainda entre os maiores ganhos, a Jerónimo Martins encaixou 1,35%, para 21,06 euros.
Olhando às principais praças europeias, as sensações que se notaram foram bem diferentes, com o otimismo a ser o sentimento dominante. Destaque para o principal índice francês, o CAC 40, que subiu 2,28%. Seguiram-se o Reino Unido, a somar 1,48%, assim como o índice agregado Euro Stoxx 50, em 1,16%. Logo atrás, Itália adiantou-se 0,75%, ao passo que Alemanha e Espanha ganharam 0,32% e 0,20% respetivamente.
Em época de apresentação de resultados, na passada sexta-feira, a LVMH (grupo que integra marcas como Louis Vuitton, Christian Dior ou Sephora) destacou-se pelos melhores motivos, com uma subida de 12,81%, na sequência do impacto positivo causado pelas suas contas junto de analistas e investidores. De resto, dia de fortes subidas no segmento da moda de luxo, na medida em que marcas como Hermes, Kering ou Moncler ganharam, todas, acima de 6,5%, sendo que a última se aproximou dos 10%.
Num plano macroeconómico da semana que agora se inicia, destaque para os dados sobre a evolução da economia portuguesa no quarto trimestre, que vão ser divulgados pela INE na terça-feira. Os analistas apontam para um recuo do PIB em cadeia na ordem de 0,2%. No dia seguinte, será altura de conhecer a taxa de inflação em território nacional referente ao mês de janeiro, com a divulgação do Índice de Preços no Consumidor (IPC).