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Bolsa cai em contraciclo com a Europa. Dados da inflação marcam início da semana

As praças europeias registaram sentimento positivo a encerrar a semana passada. Ainda assim, o PSI não correspondeu e perdeu terreno, com o grupo EDP a dominar as perdas. A nova semana abre com a inflação da economia portuguesa em julho.

A EDP Renováveis recuou 1,67%, até aos 14,14 euros por ação, ao passo que a EDP caiu 1,28%, para 3,697 euros. Mais atrás, a Semapa resvalou 0,70% e os títulos encerraram o dia nos 14,22 euros.

Em sentido contrário, o BCP avançou 1,18%, para 0,3772 euros, e evitou uma queda mais acentuada do principal índice da bolsa de Lisboa.

Lá fora o dia foi distinto, com uma sessão tranquila, depois da agitação que marcou os dias anteriores, em particular a passada segunda-feira. O pânico dos investidores parece estar ultrapassado e as bolsas assumem uma trajetória de recuperação, ainda que com pouca intensidade.

Entre as mais importantes praças europeias, o principal índice de Espanha deu um salto de 0,73%. Seguiram-se França e Reino Unido, com ganhos na ordem dos 0,30%, ao passo que a Alemanha, Itália e o índice agregado Euro Stoxx 50 se adiantaram 0,12%.

Com a época de resultados do segundo trimestre ainda a decorrer, as subidas mais acentuadas tiveram lugar na Alemanha, com os investidores a reagirem de forma positiva às contas da LEG Immobilien e da Lanxess. Os títulos das duas cotadas valorizaram mais de 5 e 6%, respetivamente.

Por outro lado, a italiana Generali Seguros fez saber que os prémios brutos que emitiu no primeiro semestre cresceram 20,4% para 50,1 mil milhões de euros. Por outro lado, apresentou um lucro abaixo das expetativas para o segundo trimestre, pelo que recuou 1,90% na praça de Milão. 

Olhando à próxima semana, em termos de contas empresariais, destaque para casos como a Walmart, Alibaba, UBS ou Foxconn, entre tantas outras que vão divulgar contas ao longo de toda a semana.

Em termos macro, esta segunda-feira, o destaque recai sobre a taxa de inflação na economia portuguesa em julho. Os investidores esperam uma desaceleração no Índice de Preços no Consumidor (IPC), depois da subida homóloga de 2,8% em junho.

Lá fora, o relatório mensal da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) atrai atenções, já que pode mexer com o mercado petrolífero, na sequência de este ter iniciado uma fase de recuperação na passada quarta-feira. Recorde-se que o barril atingiu mínimos de janeiro na última segunda-feira.