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BMW 725Ld. Sumptuosidade num propulsor turbodiesel

É o regresso ao passado, dirão alguns! Não, de forma alguma. É a evolução na continuidade que um mero acaso tornou feliz.

Falamos do novo BMW 725Ld, uma berlina 100% a diesel, com “apenas” 231 cv de potência mas que faz relembrar que são os propulsores diesel os que dão mais prazer na condução.
O mais curioso desta sumptuosa berlina Série 7 é que tudo nasceu de uma necessidade técnica – imposições decorrentes de medidas restritivas do WLTP - com a suspensão temporária da produção dos motores térmicos a gasolina e o regresso do diesel acabou por ser uma necessidade que agrada, em muito, aos consumidores europeus, sobretudo a nível de frotas. Claro que quem pede as melhores performances não vai para um série 7 de entrada de gama, digamos assim, mas, de qualquer forma, continuamos num exclusivo série 7 com uma prestação excelente para um quatro cilindros. Claro que existe uma diferença grande para o mesmo Série 7 de 265 cv e com o motor de seis cilindros, mas o preço é igualmente diferente pois a versão sem extras passa de 105 mil euros para cerca de 122 mil euros. A versão de 4 cilindros para 131 cv de potência e 500 Nm de torque que experimentámos tem mais de 25 mil euros de extras, ou seja, é um bólide para quase 131 mil euros, destacando-se os acabamentos interiores, os dois tetos de abrir panorâmicos e os acabamentos dos bancos.
A diferença de preço no interior está muito no equipamento dos bancos traseiros (esta versão tem apenas quatro lugares), sendo que a parte central é ocupada por um espaço onde pode funcionar um mini-bar e um mini-escritório, destacando pormenores como ipad incorporado que permite estabelecer a conetividade para o exterior, mas também comandar do banco traseiro as várias funções do veículo em termos de som ou de ar condicionado. Os dois bancos traseiros são ainda servidos por ecrãs de TV, que não testámos. E para os mais exigentes o Série 7 oferece todos os sistemas ativos e passivos a nível de assistência ao condutor, com destaque para o alerta de colisão e a travagem de emergência. A nível de infoentretenimento a conectividade já tem poucos truques, enquanto o destaque vai para o espetacular som.
Os 5,1 metros de comprimentos significam imponência e conforto a identificar um ícone no luxo da marca alemã. Claramente tem a potência e as reações de um Série 5, mas este é um Série 7 para todos os efeitos. Os cromados nas laterais e na frente, a par das ponteiras de escape conferem um ar imponente, singular e nobre. E voltamos à razão deste propulsor diesel. Com efeito a “guerra” gasóleo/gasolina parece estar ultrapassada, com a eletrificação e a evolução dos motores a gasolina, mas, na verdade, estes são os novos diesel e os clientes continuam preferi-los. Os dados que existem é de que um veículo novo a diesel com o sistema AdBlue pode cortar 95% dos NOx, o que significa que é poluente, mas menos do que um motor a gasolina. E, por outro lado, continua ser a motorização diesel incomparavelmente mais divertida, porque mais reativa, do que nos gasolina (com regresso anunciado neste ano de 2019). E não menos relevante é o facto de este motor de quatro cilindros ser económico, com consumos mistos da ordem dos 7 litros aos 100 km, desde que se saiba conduzir.

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