Os negócios da biotecnologia continuam a marcar a atualidade. Este mês, a portuguesa FairJourney Biologics foi vendida ao fundo suiço Partners Group pelo Global Healthcare Opportunities (GHO), por um valor que não chegou a ser revelado, mas que deverá rondar os 900 milhões de euros, que é o montante em que a empresa sediada no Porto estava avaliada antes da transação.
O JP Morgan atuou como assessor financeiro exclusivo do fundo britânico GHO Capital, do lado da venda da empresa. Já a Reed Smith e a CTSU atuaram como assessores jurídicos e a Alvarez & Marsal foram os assessores das questões financeiras e fiscais. A L.E.K. Consulting trabalhou como consultora comercial.
A Cuatrecasas foi a assessora jurídica do Partners Group, juntamente com a britânica Ropes & Gray.
Já a Deloitte prestou aconselhamento fiscal e de estruturação, enquanto a Jamieson Corporate Finance prestou consultoria de gestão.
A equipa da Cuatrecasas que fez a assessoria jurídica do comprador foi liderada pelos sócios de M&A e Private Equity Mariana Norton dos Reis e Francisco Martins Caetano, incluindo os advogados Joana Silveira Botelho e Luís Ribeiro Telles (Farmacêutico e Ciências da Saúde), bem como Manuel Requicha Ferreira, da área de Direito Financeiro.
Recentemente a Mergermarket tinha avançado que os vendedores tinham expectativas de avaliação de 20 vezes o EBITDA, sendo esperado que o EBITDA da Fairjourney atinja 45 milhões de euros este ano. O que, a confirmar-se, daria um valor de 900 milhões de euros. A FairJourney Biologics tornou-se líder estabelecida na descoberta e desenvolvimento de anticorpos, com um crescimento de receitas superior a cinco vezes desde 2019.
“Desde a sua fundação em 2012 no Porto, pelos cientistas António Parada e Maria Pajuelo, a FairJourney cresceu e tornou-se numa das empresas de anticorpos mais proeminentes do mundo. Em parceria com as principais empresas biofarmacêuticas, a FairJourney apoia mais de 250 clientes em todo o mundo. Desde a sua criação, a empresa descobriu mais de 1.000 candidatos a anticorpos líderes em nome de grupos farmacêuticos, dos quais 14 terapias de anticorpos reveladas estão atualmente em desenvolvimento clínico ativo para tratar necessidades não satisfeitas dos doentes em oncologia, imunologia e doenças cardiovasculares”, lê-se no comunicado que foi divulgado.
Tecnologia, ginásios e media também animam mercado
Outro negócio que marcou este arranque do mês de julho foi compra da Cleva pela AnaCap e foi também protagonizado pela equipa de M&A da Cuatrecasas. A Cleva é uma tecnológica que produz software para o sector segurador e que foi colocada no mercado pelo anterior acionista, o Inetum Group. A equipa da Cuatrecasas que assessorou a operação foi liderada por Mariana Norton dos Reis e Francisco Martins Caetano, da área de M&A e Private Equity, incluindo os advogados Sofia Alves (Societário e M&A), Lavínia Pinto Marques (Proteção de Dados) e Fernando Costal Carinhas (Imobiliário e Urbanismo). O valor da operação não foi divulgado.
Destaque ainda para a assessoria da Pérez-Llorca ao Ares Management Limited no financiamento da aquisição do grupo VivaGym, com cinco profissionais da área de Banca e Finanças: Carlos Vaz de Almeida e Ildefonso Arenas (sócios), Isabel Villa (consultora) e Isabel Rodríguez e José Manuel Alves (associados).
Por sua vez, a Telles, VdA, RSA e KPMG assessoraram a compra da Auto Sueco II pela Carclasse e JOP, numa operação que o JE noticiou na edição da semana passada. E, no final de junho, a PLMJ assessorou a Media Livre na aquisição das rádios SBSR e Festival do Norte à Música no Coração, com uma equipa liderada pelo sócio da área de Corporate M&A Tomás Almeida Ribeiro e por Rita Pereira Jardim, associada sénior da mesma área, contando ainda com a colaboração de Pedro Lomba, sócio coordenador da área de Tecnologia, Media e Telecomunicações , Rita Sousa Costa, associada igualmente desse departamento, e Carolina Campos Dias, associada sénior de Fiscal. Com MTA