No início da pandemia, em Lisboa, viam-se cartazes um pouco por todo o lado dizendo “Vamos todos ficar bem”. No fundo, no fundo, ninguém queria acreditar que o problema se iria prolongar no tempo. Por isso, tornou-se um mantra e à boleia dele tomámos um desejo pela realidade. Pode dizer-se que, de alguma forma, até cumpriu a sua função: o facto de sentirmos que estávamos todos no mesmo barco e que tudo iria terminar em bem ajudou, sem dúvida, a contrabalançar a ansiedade coletiva.