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BCP caiu mais de 4% em semana de pessimismo nas bolsas

Na sexta-feira, a bolsa de Lisboa encerrou no ‘vermelho’ uma semana particularmente negativa, com as principais cotadas a registarem perdas.

A bolsa de Lisboa encerrou a última semana com mais uma sessão no ‘vermelho’, em linha com aquela que foi a tendência dos dias anteriores. O índice PSI perdeu 1,06% e ficou-se pelos 6.591 pontos, penalizado sobretudo pela queda nas ações do BCP.

A cotação do caiu 4,76% na sexta-feira e as ações estavam a ser negociadas em 0,3578 euros quando tocou o sino. A descida segue o sentimento geral do sector, um pouco por toda a Europa, numa altura em que os mercados receiam a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos, após a divulgação de números do emprego que ficaram abaixo do esperado.

Seguiram-se os CTT, que recuaram 3,01%, até aos 4,20 euros, ao passo que a Galp tombou 2,58%, para 18,71 euros. Seguiu-se a Mota-Engil, ao derrapar 2,50%, para 3,432 euros, enquanto a Altri resvalou 2,39% e ficou-se pelos 4,90 euros.

Em sentido contrário, os mercados reagiram de forma positiva à aprovação, por parte do Governo, aos futuros investimentos da energética em quatro áreas específicas. A cotação da REN subiu 1,92% e os títulos alcançaram os 2,39 euros.

Destaque ainda para a EDP Renováveis, com um salto de 1,24%, até aos 14,73 euros, ao passo que a EDP se adiantou 0,60% e atingiu os 3,841 euros nas negociações. Isto no mesmo dia em que a Autoridade da Concorrência (AdC) aprovou a aquisição de 12 parques eólicos localizados em território nacional, por parte do grupo EDP.

Entre as mais importantes congéneres europeias o sentimento negativo é ainda mais acentuado, a dar sequência a uma semana em que foi notório o impacto da época de resultados nas principais praças. Os sinais vieram não apenas da volatilidade das cotadas, como também das descidas generalizadas dos mais importantes índices, impactados por contas que, em somatório, não agradaram aos investidores.

As quedas são notórias sobretudo nas grandes empresas, o que é comprovado pelo facto de o índice Euro Stoxx 50 ter resvalado 2,71%, já que este agrega as 50 maiores empresas do continente europeu. Seguiu-se Itália, que perdeu 2,50%, assim como a Alemanha, ao resvalar 2,28%. Espanha e França escorregaram mais de 1,60%, ao passo que o Reino Unido caiu 1,33%.

earnings season vai continuar em foco, sobretudo nos mercados internacionais. Destaque para as contas da Berkshire e Infineon AG, que vão ser conhecidas já esta segunda-feira. Durante a semana, seguem-se os resultados de cotadas como a Novo Nordisk, Walt Disney, Amgen e Eli Lilly, entre muitas outras.

Por cá, não haverá cotadas do PSI a divulgar contas, já que as da Mota-Engil estão agendadas para dia 28 de agosto e a Ibersol para 13 de setembro, ao passo que a Greenvolt ainda não deu a conhecer uma data aos mercados. As restantes 13 cotadas do PSI já apresentaram os resultados do segundo trimestre.

Em termos macro, vão estar em destaque os dados da inflação, tanto na economia portuguesa, como na Alemanha e em Itália. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) destes países em julho vai ser conhecido na sexta-feira.