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Autoeuropa. Administração e trabalhadores continuam negociações

As negociações entre funcionários e administradores da fábrica de Palmela prosseguem esta terça-feira. A reunião tem início marcado para as 10h00 e espera-se um desfecho por volta das 14h00, disse o coordenador da CT ao Jornal Económico.

A Comissão de Trabalhadores (CT) da Autoeuropa retoma esta terça-feira as negociações com o conselho de administração da empresa a propósito das medidas para mitigar o impacto da paragem temporária da produção na fábrica de Palmela, disse o coordenador da CT ao Jornal Económico (JE).

A reunião tem início marcado para as 10h00 e espera-se um desfecho por volta das 14h00 de hoje, depois de um primeiro encontro que ocorreu ontem entre as 12h00 e as 16h00, aproximadamente. “Houve uma conversa. Houve negociações. Amanhã assim que sairmos da reunião vamos informar os trabalhadores, que têm de saber de tudo primeiro, e depois falaremos com o devido tempo, por uma questão de princípio”, explicou Rogério Nogueira ao JE.

A CT e a administração da empresa estiveram reunidos esta segunda-feira para debater as condições financeiras do lay-off (redução dos períodos normais de trabalho ou suspensão dos contratos de trabalho por determinado tempo) dos funcionários durante a suspensão do fabrico de automóveis.

No início da semana passada, a administração da Autoeuropa informou os trabalhadores de que a fábrica de automóveis de Palmela, em Setúbal, deverá parar durante “algumas semanas” a partir deste mês de setembro. Mais tarde, veio a público que seriam nove semanas, entre 11 de setembro e 12 de novembro.

"Na origem do problema está a falta de peças produzidas por um fornecedor na Eslovénia e que são essenciais à construção de motores", esclareceu a empresa do grupo Volkswagen, em comunicado, no qual também ressalvou que o cenário se poderia alterar com mudanças no fluxo da cadeia de abastecimento e que estava a prestar apoio ao fornecedor visado.

A administração da empresa, que inicialmente tinha anunciado uma paragem de seis semanas, informou a CT de que iria aplicar o lay-off durante as tais nove semanas de paragem de produção e que, “lamentavelmente”, iria rescindir os contratos a termo incerto, de acordo com uma comunicação interna a que o JE teve acesso.

“Na nossa opinião a empresa tem todas as condições para garantir que os trabalhadores não percam rendimentos relativo a um problema que não têm qualquer tipo de culpa”, referiu ontem Rogério Nogueira.