À semelhança de outros países europeus onde a Swappie opera, Portugal poderá no futuro receber uma espécie de “máquina de venda automática” de iPhones que irá disponibilizar equipamentos na hora mas também “comprar” telemóveis usados. Essa possibilidade foi avançada por Luísa Vasconcelos e Sousa, country manager da Swappie em Portugal, em entrevista ao JE, e visa robustecer o mercado português na área em que a scale-up finlandesa opera: compra de iPhones e recondicionamento destes equipamentos da Apple para futura venda, promovendo a economia circular num segmento que, a nível mundial, deverá acumular 7,5 milhões de toneladas de lixo eletrónico até 2030. Luísa Vasconcelos e Sousa explicou ao JE que a Swappie não exclui a presença física em Portugal, apesar de privilegiar o online. “O que vejo para o futuro, e que já temos em alguns países, é um espécie de ATM de iPhones recondicionados”, explicou esta responsável. A country manager da Swappie em Portugal detalhou que este ponto de recolha pode ser usado para depositar o iPhones antigos mas também para avaliar o estado do equipamento, apresentando uma estimativa de preço com esse valor a ser depositado diretamente na conta do cliente. “Grande parte da nossa missão passa pela sustentabilidade, daí que seja muito importante agilizar essa recolha de equipamentos. Precisamos dos consumidores portugueses para continuar essa missão”, explicou Luísa Vasconcelos e Sousa. Presente em Portugal desde 2020, a Swappie tem vindo a crescer anualmente a dois dígitos em termos percentuais. “Portugal está no top5 europeu da Swappie nas receitas per capita e no top7 quando avaliadas as receitas de cada país. É um mercado muito forte para a Swappie e a minha perspetiva é positiva. O mercado português tem estado a correr muito bem e acima das expectativas. Queremos crescer na compra e venda de iPhones, esse vai ser o grande foco para o próximo ano”, sublinhou. A Swappie é líder na venda de iPhones recondicionados na Europa (receitas de 208 milhões de euros em 2022 e venda de 1 milhão de iPhones recondicionados desde 2016) e aposta num mercado que cresceu 11,5% em 2022 com mais de 282 milhões de telemóveis vendidos nesse período. A empresa de origem finlandesa reforçou recentemente a capacidade de recondicionamento com a abertura de uma unidade em Talin (Estónia) que procede ao aproveitamento dos iPhones e reintroduz os equipamentos no mercado, prolongando o ciclo de vida. Estima-se que estes equipamentos custem 40% menos do que os iPhones novos.