A APEX, uma empresa portuguesa de investimento que trabalha com atletas de elite, anunciou, esta terça-feira, o lançamento do fundo Elite Performance Fund no valor de 50 milhões de euros, uma plataforma que une estrelas do desporto mundial com o propósito de investir em desporto, media e entretenimento.
Atletas de renome mundial como Carlos Sainz, Raphaël Varane, António Félix da Costa, Miguel Oliveira e João Mário lideram a lista de atletas de elite que se juntam ao fundo da empresa de investimentos portuguesa. Também se juntam à lista de investidores de renome, entre outros, o piloto de F1 Valtteri Bottas, os futebolistas internacionais Jan Vertonghen, Daley Blind, Luuk de Jong e Julian Draxler e o surfista Kanoa Igarashi.
Explica a APEX que "a estratégia principal do fundo é promover soluções inovadoras que redefinam os limites da indústria do desporto, dos media e do entretenimento". Desta forma, esclarece a empresa portuguesa de investimento, "os investidores têm acesso privilegiado a uma carteira diversificada, gerida criteriosamente pela equipa de especialistas da APEX, conhecidos pela sua credibilidade e capacidade de encontrar as oportunidades certas nestes sectores".
Esta empresa de investimento portuguesa já investiu noutros projetos desportivos de elite, tais como a TMRW SPORTS, dos golfistas Tiger Woods e Rory McIlroy. Outros investimentos incluem a empresa de tecnologia de IA para espaços inteligentes Playsight e o gestor de recursos de media desportivos ScorePlay.
António Caçorino, CEO da APEX, destaca que "é com grande entusiasmo que revelamos o Elite Performance Fund, uma plataforma dinâmica que utiliza o histórico da APEX em combinação com os pontos de vista únicos de atletas de sucesso".
Este responsável realça que "este fundo junta a motivação, a dedicação e a mentalidade competitiva dos atletas com estratégias de investimento orientadas para o futuro. Ao contrário dos investidores típicos, as nossas raízes, experiência e conhecimentos provêm diretamente do mundo do desporto. Os atletas não são apenas as nossas fontes de capital, são os nossos parceiros. Eles enriquecem as nossas decisões com conhecimentos genuínos das suas respectivas modalidades".
“Futuro atleta vai ter um papel de stakeholder”, prevê CEO da Apex
A APEX é uma empresa de investimento especializada em desporto, media e entretenimento. Uma comunidade de 70 investidores que procuram perpetuar o seu nome através da participação ativa para melhorar o contexto em que são estrelas dentro do campo.
Investir enquanto está no ativo e numa área que conheça e em que possa trazer know-how: este é o conselho e o desafio que deixa António Caçorino, cofundador e CEO da Apex, em entrevista ao JE publicada no final de julho deste ano. E o que é a Apex? É uma empresa de investimento de origem portuguesa especializada em desporto, média e entretenimento que já investiu em mais de dez empresas e trabalha com mais de 70 atletas de várias modalidades diferentes. “O futuro atleta vai ter um papel de stakeholder com participações minoritárias mas vão ser investidores e donos do futuro do desporto a empurrar o desporto para onde eles acham que tem de ir”, explica.
Agora, chegou o tempo do atleta-investidor e se este quer deixar uma marca na área que ama e onde é protagonista, sabendo que poucos deixam o lastro de Cristiano Ronaldo ou de Kevin Durant, esta é uma forma de manterem o seu nome ativo no mercado. “Os atletas têm cada vez mais essa vontade porque correm o risco de ficarem esquecidos quando se retiram. É exatamente quando estão no pico que devem começar a envolver-se e criar essa marca enquanto investidores e empreendedores”, explica este especialista nesta entrevista. E porquê no desporto e não noutra área? António Caçorino realça que é aqui que o atleta tem contactos e um conhecimento único na indústria.
“Os atletas têm cada vez mais opiniões sobre a forma de melhorar os modelos de competição em que estão envolvidos e, se puderem, devem investir, não só com o capital mas também com o conhecimento que têm”. E se na Europa, o receio ainda está generalizado, nos EUA vive-se o sentimento oposto.
“Na Europa e no futebol tivemos uma barreira de medo por parte de alguns atletas. Trabalhamos com mais de 70 atletas e com 90% deles temos contacto direto até por WhatsApp. Pilotos de F1, tenistas, jogadores de futebol, jogadores da NBA, jogadores de golfe. Na Europa há quase sempre intermediários e nos EUA essa relação é direta com os atletas. No futebol têm muito medo e não é medo de perder dinheiro; é de que saia uma notícia em que eles são associados a um mau investimento”.
Explica este cofundador da Apex que “temos uma autêntica comunidade de mais de 70 atletas investidores que discutem juntos e investem em parceria também; um jogador de futebol que se junta a um jogador da NBA por exemplo; investem numa empresa com potencial financeiro mas também desportivo. É uma comunidade de atletas empreendedores e aqui estamos nós, uma empresa portuguesa no centro disto; é sempre bom”, conclui António Caçorino, realçando a importância, para a sociedade, de os atletas darem o seu contributo como investidores.