As ofertas não vinculativas (Non-Binding Offers) para a compra da concessionária portuguesa Auto-Estradas do Douro Litoral (AEDL) deverão ser apresentadas a 10 de maio e a competir com a Abertis, o Icon Infrastructure e o Vauban Infrastructure Partners que pertence ao Natixis, junta-se agora a Ascendi que aparece em consórcio com a Dif Capital Partners.
O nome do candidato foi avançado pelo Mergermarket e confirmado pelo Jornal Económico.
A Ascendi tem a prestação de serviços de operação e manutenção, que era feita pelo grupo Brisa, desde julho do ano passado. O grupo português de auto-estradas que se associou à Dif Capital Partners é um forte candidato a apresentar uma oferta não vinculativa.
Tal como o Jornal Económico avançou, o Icon Infrastructure e o Vauban Infrastructure Partners também são candidatos à compra da AEDL.
A Margermarket avança que a Globalvia, que a par com o Vauban Infrastructure Partners, foi finalista na anterior tentativa de venda da AEDL, também está interessada. A publicação fala também no interesse da Aleatica, da Munich Re company (MEAG) e do Igneo Infrastructure Partners, tal como foi noticiado pela Infralogic.
O EBITDA da AEDL é de cerca de 30 a 40 milhões de euros e a Margermarket diz que não se espera que os candidatos se aproximem das expectativas do vendedor que é fundo de private equity Strategic Value Partners e que quer vender a concessionária por 12x o EBITDA, segumdo a publicação que cita uma fonte familiarizada com o ativo.
O contrato de concessão da AEDL, anteriormente detido pela Brisa, foi assinado em 2007 por 27 anos, ou seja, até em 2034.
O Strategic Value Partners contratou o Goldman Sachs e o Natixis para vender a empresa que gere as autoestradas A43, A41 e A32, que servem a Área Metropolitana do Porto, depois de ter suspendido um processo liderado por Rothschild há dois anos.
O objetivo do fundo de private equity dono da concessionária é concluir a venda durante o Verão.
A AEDL é detida pelo fundo Strategic Value Partners desde que em 2019 tomou o controlo da concessionária portuguesa, em representação dos seus credores, pondo termo a um conflito de vários anos com a então acionista maioritária, a Brisa.