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"As pessoas querem menos teoria e mais prática", diz Inês Rocha de Gouveia, presidente da Fundação Santander Portugal

O relatório “Tomorrow’s Skills”, apresentando pelo Santander, revelou a perceção dos portugueses sobre a aprendizagem contínua e as competências para o futuro do trabalho.

A transformação digital e tecnológica está a redefinir o futuro do trabalho e a forma como os profissionais desenvolvem competências. Em Portugal, os resultados do relatório “Tomorrow’s Skills” mostram uma clara consciência da importância da aprendizagem contínua para garantir a empregabilidade, acompanhada por preocupações com o impacto da inteligência artificial e as barreiras de acesso à formação: 86% valorizam a aprendizagem contínua para o desenvolvimento profissional; 82% acreditam que é essencial para permanecerem ativos no mercado; 67% veem o conhecimento em inteligência artificial como fundamental para a empregabilidade; 35% temem que a IA substitua os seus empregos e 50% atribuem mais importância às soft skills (comunicação, liderança, trabalho em equipa) do que às competências técnicas.

O estudo foi apresentado por Inês Rocha de Gouveia, presidente da Fundação Santander Portugal, que resumiu as três grandes mensagens do estudo: incerteza no mercado de trabalho; valorização da aprendizagem ao longo da vida, e inovação nos modelos de aprendizagem. "As pessoas querem menos teoria e mais prática. Querem aprender ao seu ritmo, em ambientes flexíveis, digitais, seguros. E 65% veem nas plataformas digitais uma oportunidade real de evolução. Por outro lado, metade dos participantes valoriza o desenvolvimento de competências socioemocionais — como comunicação, liderança, pensamento crítico — enquanto a outra metade aponta para as competências digitais", diz Inês Rocha de Gouveia.

Foram ainda anunciadas quatro novas bolsas, no valor de 1.500 euros cada, destinadas a apoiar jovens que tenham motivação e apetência nas competências do futuro (criatividade, pensamento crítico, comunicação e colaboração) e pretendem continuar a fortalecê-las. As bolsas serão atribuídas através de um modelo de seleção inovador: mais do que boas notas ou currículos extensos, serão valorizadas competências como atitude, motivação, capacidade de análise, comunicação e trabalho em equipa. As candidaturas estão disponíveis na Santander Open Academy.

A encerrar o evento, o administrador do Santander Portugal Miguel Belo de Carvalho, referiu: "A qualificação e o life long learning são a melhor forma de nos prepararmos para o futuro, são a única forma de nos adaptarmos a um mercado em constante evolução, sendo a IA o maior fator de disrupção. Na Fundação Santander estamos muito comprometidos em oferecer ao maior número de pessoas formações de elevada qualidade e aplicabilidade aos dias de hoje. A Educação é o verdadeiro elevador social. É ela que move Portugal, que fortalece a Europa e que nos prepara, a todos, para o futuro", concluiu.