A Asseco PST, empresa com origem na Madeira, foi às compras, através da aquisição de 76% do capital da Finantech em abril. Com isto procurou-se gerar uma oferta mais completa de produtos e serviços ao mercado e trazer mais valor, para além de potenciais sinergias, reforço da presença em vários mercados, e crescimento nas áreas bancárias e de mercados. Em declarações ao Económico Madeira, Miguel Lúcio, administrador da Asseco PST com o pelouro financeiro, e João Marta da Cruz, CEO da Finantech, fazem um balanço positivo da operação.
Foi decidido manter os administradores da Finantech e o acordo de aquisição prevê que esta “continue a operar no mercado com a sua marca e a sua rede de parceiros”, referiu Miguel Lúcio. A ideia passa também por ter uma oferta “mais completa de produtos e serviços” e houve também a preocupação de “perceber exatamente onde é que pode haver sobreposição da oferta e onde é que há complementaridade”, estando também identificadas “várias sinergias de produto. Estamos a trabalhar em ofertas e oportunidades conjuntas, em que ambas as empresas saiam beneficiadas”, disse.
Já o CEO da Finantech, João Marta da Cruz, faz um balanço positivo desta aquisição, referindo que o processo negocial foi longo, mas que foi um passo importante para as duas empresas se ficassem a conhecer melhor.
“Conhecemos bem a expressão do Grupo Asseco a nível global, conhecemos a sua filosofia de operação e acreditamos poder continuar a expandir o alcance das nossas soluções. Temos consciência de que um banco, na condição de cliente, não muda o seu core, nem investe centenas de milhares de euros numa nova solução tecnológica de um dia para o outro. Por isso, temos de trabalhar em conjunto numa oferta estruturada em que os clientes percecionem grande valor acrescentado. Cada empresa terá de fazer valer os seus melhores trunfos”, explica João Marta da Cruz.