O Bison Bank, antigo banco de investimento do Banif, está a conquistar mais clientes portugueses, atraídos pela rentabilidade dos seus produtos de poupança. Com os EUA na liderança, Portugal passou a ocupar o segundo lugar no ranking de clientes do banco liderado por António Henriques que alcançou, em 2023, os primeiros lucros desde a sua aquisição pelos chineses da Bison Capital Financial Holdings em 2018.
"No ano passado, lançámos um produto de poupança exclusivamente para Portugal", começou por dizer António Henriques, presidente executivo do Bison Bank, na apresentação dos resultados referentes ao ano passado e balanço do desempenho da instituição financeira nos últimos anos. "Com este produto, tivemos Portugal a subir imediatamente no ranking de clientes", referiu o CEO, com Eduardo Moradas, vogal executivo do banco, a detalhar que, "em número de clientes, temos os EUA em primeiro lugar e Portugal em segundo".
No ano passado, o Bison Bank lançou um depósito a prazo com uma taxa anual nominal bruta (TANB) de 3%, cujo montante mínimo é de 25 mil euros e o montante máximo é de 100 mil euros. O prazo varia entre seis, 12 e 24 meses. Além dos produtos de poupança, como depósitos e fundos de investimento, o banco vai também apostar no crédito à habitação, revelou António Henriques, sem avançar detalhes.
Brasil, Turquia e Emirados Árabes também fazem parte deste top de clientes, com os países asiáticos a surgirem depois. O banco tem clientes particulares internacionais de mais de 100 países. "Somos agnósticos em termos da nacionalidade dos nossos clientes, desde que tenham características quer financeiras quer de qualidade enquanto clientes", referiu o CEO que revelou também que o Bison Bank alcançou os primeiros lucros no ano passado desde que foi criado em 2018, a rondar os 641 mil euros.
Lucros devem manter-se no conjunto de 2024
O resultado ficou “muito acima daquilo que era a nossa expectativa de breakeven em 2025″, afirmou António Henriques, notando que o bom desempenho mantém-se nos primeiros três meses do ano. “Não só alcançou o breakeven como teve resultados positivos no primeiro trimestre, em linha com o modelo de negócio", acrescentou.
Para o conjunto do ano, a expectativa é de que as contas manter-se-ão no verde. "É difícil antecipar, mas o que posso dizer é que o desempenho no primeiro trimestre de 2024 está ao nível de todo o ano de 2023, o que é altamente positivo e desalinhado com a nossa expectativa inicial, que era um pouco pior", disse.
"Sobre 2024, o que posso afirmar é que não queremos voltar a resultados negativos e penso que vamos conseguir fazer isso", referiu o presidente executivo do Bison Bank que tem mais de dois mil milhões de euros de ativos sob gestão e conquistou, no ano passado, mais mil clientes, totalizando agora 2.945, em comparação com os 598 clientes que tinha quando foi adquirido. Como banco depositário, o Bison Bank trabalha neste momento com cerca de 90 fundos de 30 sociedades gestores, incluindo fundos de private equity, sociedades de investimento coletivo, fundos de investimentos imobiliário, fundos alternativos e fundos mobiliários.
Já a Bison Digital Assets (BDA), a subsidiária de criptoativos lançada no ano passado, tem 52 clientes e um total de execução de 35 milhões de euros. O resultado foi negativo em 500 mil euros, mas a expectativa é de alcançar lucros até ao final deste ano ou em 2025. “Acreditamos que este ano conseguimos fazer um processo de breakeven na BDA, mas se olharmos para o plano de negócios vamos conseguir até 2025″, concluiu António Henriques.