Um "regresso ao século XIX" e um "ataque ideológico às mulheres e aos jovens". É assim que Ana Mendes Godinho, ex-ministra do Trabalho, classifica o anteprojeto da reforma laboral desenhado pela coligação PSD/CDS que sustenta o Governo. "Percorremos um caminho de evolução social, reconhecendo que a lei do trabalho tem de promover equilíbrios e esta proposta vem regressar ao século XIX com o primado de quem tem o poder na limitação das liberdades reforçado", diz ao Jornal Económico (JE) a candidata à Câmara de Sintra.
Ana Mendes Godinho: Reforma laboral da AD "é um regresso ao século XIX"
Ministra do Trabalho de dois governos de António Costa, Ana Mendes Godinho vê no anteprojeto da reforma laboral da Aliança Democrática "uma agenda que tem por trás os princípios da precarização e da fragilização do poder dos jovens e das mulheres". A atual candidata à câmara de Sintra avisa, em declarações ao Jornal Económico, que "não é com dogmas da Troika que o país cresce" e espera que no processo legislativo que se segue haja "bom senso" para que "a valorização dos trabalhadores esteja acima de interesses particulares de alguns".
