Skip to main content

ANA afirma que a recuperação do tráfego aéreo está nos 50%

A gestora aeroportuária admite que a nova variante do SARS-CoV-2 poderá forçar a alterar em baixa as projeções. Entretanto, as farmácias tentam responder ao pico de procura de testes à Covid-19.

A gestora aeroportuária ANA diz que o tráfego nos dez aeroportos que gere em Portugal representa cerca de metade do verificado em 2019, antes da pandemia de Covid-19, mas refere que os comportamentos são assimétricos entre aeroportos e alerta que nova variante sul africana pode obrigar a rever as suas previsões.

“Em termos globais da ANA, a recuperação anda entre os 40-50% em relação a 2019. Esta recuperação é assimétrica e acontece a diferentes velocidades”, afirmou esta quinta-feira o administrador Francisco Pita, no 46.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), em Aveiro.

“Os aeroportos dos Açores e da Madeira, por uma questão de tráfego doméstico, com um nível de controlo da pandemia muito grande e, portanto, com um menor impacto na receção de tráfego internacional, (contam) com recuperações mais rápidas”, disse, acreditando que, “possivelmente, vão fechar o ano com recuperações perto dos 60-65%”.

Os aeroportos “como Lisboa ou como o Porto”, onde há “uma grande percentagem de tráfego VFR (‘visiting friends and relatives’, visita a amigos e familiares)”, tipo de tráfego esse que “é extremamente resiliente”. Portanto, “também consegue o Porto ter uma recuperação bastante grande”, explica.

“Temos Lisboa depois que, fruto da quantidade de tráfego intercontinental que tem – da proporção do tráfego ‘corporate’ [de negócios], está a recuperar mais devagar. E temos o Algarve, onde temos uma combinação do lazer, que recupera muito rápido, mas depois dos temas da dependência do mercado do Reino Unido e de todos os sobressaltos que houve em termos da pandemia com o Reino Unido, levou, de facto, a flutuações muito grandes”, disse Francisco Pita. “O aeroporto de Faro, onde temos o tema do lazer, a recuperação andou nos 80%”.

Mas Francisco Pita diz que na ANA “fomos muito conservadores” quando fizeram as últimas previsões. “Não arriscámos e estamos a ser surpreendidos pela positiva. Mas também fizemos estas previsões antes desta nova variante. Já sei que quando chegar ao escritório vou ter uma surpresa porque vou ver as reservas a caírem e as companhias a cancelarem e possivelmente vamos ter que rever”, acrescentou.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico