Mas, se o primeiro ciclo político assentou em políticas de caráter redistributivo e na reversão da austeridade, um segundo ciclo deverá incorporar uma agenda emancipatória, de investimento social e económico, atenta às premissas da sustentabilidade e aos problemas decorrentes das alterações climáticas, bem como o aprofundamento da qualidade da experiência democrática, crucial num contexto de crise das democracias. A possibilidade de uma social-democracia mais radical assenta, em boa medida, na capacidade de a fazer evoluir, concertadamente, a partir dessas duas âncoras.