A ADSE é uma garantia para os trabalhadores do Estado poderem usufruir de um esquema de protecção de saúde. A rede deste instituto conta com prestadores convencionados que fazem com que os seus beneficiários tenham acesso a cuidados de saúde a preços mais acessíveis. Sistema tem cerca de 1,3 milhões de beneficiários, que fazem um desconto, 14 vezes por ano, de 3,5% do salário, reforma ou pensão. Até aí, nada de estranho. Mas desde 2014 que este sistema tem apresentado contas com saldos sistematicamente positivos. Em 2023. rendeu 148 milhões de euros, sendo que, nos últimos anos, terá entregue ao Ministério das Finanças 1,25 mil milhões de euros. No OE2025, a ADSE tem projectado dar um lucro de mais de 117,5 milhões.
Contudo, estes saldos positivos “deveriam ser investidos na melhoria dos seus serviços. O sistema tem de ser melhorado”, diz José Abraão, secretário-geral da Fesap (Federação dos Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos). No entanto, os saldos positivos que tem acumulado têm trazido pouco ou nada para os beneficiários,
Uma vez que a actualização dos preços convencionados com os hospitais privados não tem correspondido às expectativas destes, cada vez mais unidades de saúde – além dos próprios médicos – preferem não estabelecer acordos.