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A vida na polémica e sobrelotada Rua do Benformoso

A calçada é estreita para as várias comunidades que ali vivem. Há negócios que geram emprego e pequenos empresários com as contas em dia. Mas nesta rua com 400 metros e ladeada por pequenos edifícios há quem se aproveite da sobrelotação habitacional: um colchão num quarto minúsculo e dividido por vários imigrantes pode custar 300 euros mensais.

M ohammad Faruk nasceu em Daca, capital do Bangladesh, mas foi em Portugal que se tornou um pequeno empresário: tem dois restaurantes na Rua do Benformoso, uma drogaria, emprega 17 pessoas e paga 15 mil euros mensais em impostos. É casado, tem três filhos inscritos num colégio privado e gosta de passar férias no Algarve e em Espanha. Também viaja para visitar familiares e amigos no Reino Unido, França e fazer a peregrinação a Meca, na Arábia Saudita. “Cheguei a Portugal em 1999. Os meus pais e um irmão emprestaram-me quatro mil dólares para as despesas da viagem e aluguer de quarto. Comecei a trabalhar na construção civil e, mais tarde, como vendedor ambulante. Em 2009 abri o meu primeiro restaurante, o Bangla”, conta Faruk, de 50 anos, ao JE.

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